Os bancários da Bahia decidiram em assembleia na noite desta segunda
(17) que vão aderir à greve nacional da categoria a partir de hoje.
Vários bancos dos principais centros financeiros de Salvador, em locais
como Comércio, Iguatemi e Avenida Sete, já não deverão abrir nesta
terça-feira.
“É um momento de reivindicação da categoria, de discutir com os
banqueiros questões salariais, além de outros pontos como a segurança no
trabalho e a saúde”, justificou o diretor do Sindicato dos Bancários da
Bahia, Adelmo Andrade.
A principal reivindicação da categoria, paralisada em todo o
território nacional, é o reajuste salarial de 10,25%. “Esse valor foi
calculado sobre a inflação do ano passado até agora, mais 5% de aumento
real. No total, os banqueiros só deram 6% da inflação, com pouco mais de
0,5% de aumento real. Consideramos isso muito pouco”, complementou.
A previsão do sindicato é que a greve, sem data para acabar, seja
progressiva, e que cada vez mais bancos comecem a aderir ao movimento.
Caixas eletrônicos funcionarão normalmente, mas operações financeiras
deixarão de ser realizadas na boca do caixa e serviços de atendimento
como abertura e fechamento de contas e operações de crédito, por
exemplo, serão paralisadas nas agências que aderirem à greve.
“A população terá alternativas, pois nem todos os bancos fecharão
nesse primeiro momento. Por isso, recomendamos aos clientes que tenham
operações financeiras urgentes para realizar que façam isso logo, o mais
rápido possível”, orientou Andrade. “É melhor se antecipar porque a
greve vai aumentar e pode chegar a níveis mais radicais”.
O dirigente não descarta que algumas agências, especialmente de
bancos públicos, fechem as portas inclusive para serviços básicos como
as operações em serviços de autoatendimento.
Nesse primeiro momento, nenhuma passeata ou intervenções no trânsito
da cidade está agendada, mas Andrade considera “provável” que haja
manifestações nas ruas da capital baiana. Uma nova assembleia da
categoria está marcada para hoje, às 18h30.
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